sábado, 16 de fevereiro de 2013

AUTO DA COMPADECIDA - ARIANO SUASSUNA


AUTO DA COMPADECIDA – ARIANO SUASSUNA

Auto Da CompadecidaSINOPSE: O "Auto da Compadecida" consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".





RESENHA/OPINIÃO:

Um livro divertido.
Simplesmente muito bom. Ariano Suassuna soube moldar o humor com a simplicidade e ingenuidade de João Grilo.
A história, feita em peça teatral dividida em três atos, traz consigo elementos da literatura de cordel e traços do barroco católico, que destaca o homem e Deus. O livro conta os acontecimentos e esperteza de João Grilo junto com seu amigo Chicó que é um pouco inocente e mentiroso.
Ele tenta se vingar do padeiro e a mulher dele que o exploram enquanto trabalha para eles. Rolo vai, rolo vem, tudo vai parar no padre, o enterro do cachorro da mulher do padeiro em latim, e os cangaceiros criminosos. O livro faz críticas à igreja e às pessoas que fingem ser o que não são.
Por fim, João Grilo consegue enrolar até o cangaceiro criminoso. O que ninguém contava, era que todos iam morrer, menos Chicó. E sabe onde iam parar? Em uma audiência no purgatório, onde todos serão julgados por Emanuel e Nossa Senhora de um lado e o Encourado de outro.
E todos serão julgados. João Grilo consegue deixar até o Encourado maluco.
De um jeito simples e cômico, ele dá vida a personagens engraçados e um final diferente acontece com João Grilo, não indo nem para o céu e nem para o inferno.
Diria que Ariano, soube moldar uma maravilhosa história, com sutileza e ótima jogada de palavras próprias de um grande escritor.


Um pouco sobre o autor:

Nasceu em 16 de junho de 1927 em João Pessoa – PB, é secretário de assessoria ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Junto com Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça “Uma Mulher Vestida de Sol”. Formou-se em Direito em 1950. Em 1956, virou professor de Estética na UFPE, é membro da APL e da ABL e recebeu o prêmio Doutor Honoris Causa – UFC e outros prêmios.



Outras obras do autor:

TEATRO
  • Uma mulher vestida de Sol, (1947)
  • Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948)
  • Os homens de barro, (1949)
  • Auto de João da Cruz, (1950)
  • Torturas de um coração, (1951)
  • O arco desolado, (1952)
  • O castigo da soberba, (1953)
  • O Rico Avarento, (1954)
  • Auto da Compadecida, (1955)
  • O casamento suspeitoso, (1957)
  • O santo e a porca, (1957)
  • O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958)
  • A pena e a lei, (1959)
  • Farsa da boa preguiça, (1960)
  • A Caseira e a Catarina, (1962)
  • As conchambranças de Quaderna, (1987)
  • Fernando e Isaura, (1956)

ROMANCE
q   A História de amor de Fernando e Isaura, (1956)
q   O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, (1971)
q   História d'O Rei Degolado nas caatingas do sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976)

POESIA
v  O pasto incendiado, (1945-1970)
v  Ode, (1955)
v  Sonetos com mote alheio, (1980)
v  Sonetos de Albano Cervonegro, (1985)
v  Poemas (antologia), (1999).


Também achei o filme da obra, vale a pena conferir:




Bjks e boas leituras,

Cleide.

7 comentários:

  1. Cley, o livro parece um denúncia social com algumas pitadas de ironia...Muito interessante.
    Beijos

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    Respostas
    1. EXATAMENTE ISSO, MARLI. ELE FALA DA SOCIEDADE DE UMA FORMA DIVERTIDA.

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  2. Olá Cleide,

    Esse livro eu gostaria de ler, deve ser divertido também...boa dica..abçs.

    http://devoradordeletras.blogspot.com.br/

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  3. Oi Cleide.
    Ainda não li esse livro, mas tenho vontade pois parece ser bem divertido.
    Também vi o filme e adorei.
    Parabéns pela resenha.
    Beijos.

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  4. Já assisti ao filme um monte de vezes e adoro!
    Ainda não li nada de Ariano Suassuna e começar com o Auto da Compadecida parece ótimo!
    Parabéns pela resenha!

    Sou seguidora nova aqui, visita meu blog?
    Beijos

    Link: http://livrosebatons.blogspot.com.br/

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