AUTO DA COMPADECIDA – ARIANO SUASSUNA
SINOPSE: O
"Auto da Compadecida" consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição
popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados
na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos,
escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do
Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel,
a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e
tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral
[demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também
regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país
e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do
moderno teatro brasileiro".
RESENHA/OPINIÃO:
Um livro divertido.
Simplesmente muito bom. Ariano Suassuna
soube moldar o humor com a simplicidade e ingenuidade de João Grilo.
A história, feita em peça teatral dividida
em três atos, traz consigo elementos da literatura de cordel e traços do
barroco católico, que destaca o homem e Deus. O livro conta os acontecimentos e
esperteza de João Grilo junto com seu amigo Chicó que é um pouco inocente e
mentiroso.
Ele tenta se vingar do padeiro e a
mulher dele que o exploram enquanto trabalha para eles. Rolo vai, rolo vem,
tudo vai parar no padre, o enterro do cachorro da mulher do padeiro em latim, e
os cangaceiros criminosos. O livro faz críticas à igreja e às pessoas que fingem
ser o que não são.
Por fim, João Grilo consegue enrolar até
o cangaceiro criminoso. O que ninguém contava, era que todos iam morrer, menos
Chicó. E sabe onde iam parar? Em uma audiência no purgatório, onde todos serão
julgados por Emanuel e Nossa Senhora de um lado e o Encourado de outro.
E todos serão julgados. João Grilo
consegue deixar até o Encourado maluco.
De um jeito simples e cômico, ele dá
vida a personagens engraçados e um final diferente acontece com João Grilo, não
indo nem para o céu e nem para o inferno.
Diria que Ariano, soube moldar uma
maravilhosa história, com sutileza e ótima jogada de palavras próprias de um
grande escritor.
Nasceu em 16 de junho de 1927 em João
Pessoa – PB, é secretário de assessoria ao governador de
Pernambuco, Eduardo Campos.
Junto com Hermilo Borba Filho, fundou o
Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça “Uma
Mulher Vestida de Sol”. Formou-se em Direito em 1950. Em 1956, virou professor de
Estética na UFPE, é membro da APL e da ABL e recebeu o prêmio Doutor Honoris
Causa – UFC e outros prêmios.
Outras obras do autor:
TEATRO
- Uma
mulher vestida de Sol, (1947)
- Cantam
as harpas de Sião ou O desertor de Princesa,
(1948)
- Os
homens de barro, (1949)
- Auto
de João da Cruz, (1950)
- Torturas
de um coração, (1951)
- O
arco desolado, (1952)
- O
castigo da soberba, (1953)
- O
Rico Avarento, (1954)
- Auto
da Compadecida, (1955)
- O
casamento suspeitoso, (1957)
- O
santo e a porca, (1957)
- O
homem da vaca e o poder da fortuna, (1958)
- A
pena e a lei, (1959)
- Farsa
da boa preguiça, (1960)
- A
Caseira e a Catarina, (1962)
- As conchambranças de Quaderna, (1987)
- Fernando e Isaura, (1956)
ROMANCE
q A História de amor de Fernando e Isaura,
(1956)
q O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do
Sangue do Vai-e-Volta, (1971)
q História d'O Rei Degolado nas caatingas do
sertão /Ao sol da Onça Caetana, (1976)
POESIA
v O
pasto incendiado, (1945-1970)
v Ode,
(1955)
v Sonetos
com mote alheio, (1980)
v Sonetos
de Albano Cervonegro, (1985)
v Poemas (antologia),
(1999).
Também achei o filme da obra, vale a
pena conferir:
Bjks e boas leituras,
Cleide.
Cley, o livro parece um denúncia social com algumas pitadas de ironia...Muito interessante.
ResponderExcluirBeijos
EXATAMENTE ISSO, MARLI. ELE FALA DA SOCIEDADE DE UMA FORMA DIVERTIDA.
ExcluirOlá Cleide,
ResponderExcluirEsse livro eu gostaria de ler, deve ser divertido também...boa dica..abçs.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
VALE A PENA, MARCO.
ExcluirOi Cleide.
ResponderExcluirAinda não li esse livro, mas tenho vontade pois parece ser bem divertido.
Também vi o filme e adorei.
Parabéns pela resenha.
Beijos.
MUITO BOM, ALINNE.
ExcluirBJS E OBRIGADA PELA VISITA.
Já assisti ao filme um monte de vezes e adoro!
ResponderExcluirAinda não li nada de Ariano Suassuna e começar com o Auto da Compadecida parece ótimo!
Parabéns pela resenha!
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