Frederik mergulhou à frente
de Sophia quando um tiro ecoou naquela manhã tranquila. – p. 430.
Era exatamente o que eu esperava da autora. Como o
maravilhoso livro “A Casa das Orquídeas”, que já fiz a
RESENHA anteriormente, tenho
certeza que esse livro também será um sucesso de vendas.
Seguindo um estilo parecido, a história começa com
Emilie, em meados de 1998, uma moça de 30 anos que está ao lado do leito de
morte da mãe, uma mulher, de certa forma egocêntrica e que nunca se importou
muito com a filha.
Emilie faz parte da família dos de La Martinières, uma
das famílias mais ricas da França. O pai dela, mais velho que a mãe, havia
morrido quando Emilie tinha apenas 14 anos.
Porém, Emilie não sabe nada do passado do pai.
Agora, com o falecimento da mãe, ela se vê num
dilema, o que fazer com todos os bens da família, sendo que ela era uma
veterinária, que não queria seguir a vida social e famosa da família.
Ela começa a perceber que há coisas que marcam
principalmente a lembrança do pai dela, como a biblioteca de livros raros que
ele tinha no château.
Sentindo-se sozinha, ela conhece, por acaso, (mas não
acreditei muito nisso), Sebastian, um inglês que afirma que a avó dele era
muito amiga de Édouard, o pai dela.
“Ele parecia um homem capaz, íntegro e... era muito atraente.”
– p. 53
Papo vai, papo vem, ele acaba ajudando muito ela e
eles se casam. (Mas continuei não acreditando no amor dele.)
Os dois vão morar na Inglaterra, e Sebastian afirma
que ela não deverá se aproximar de Alex, irmão dele, ex-usuário de drogas e que
está em uma cadeira de rodas.
Mas Sebastian sai constantemente “para trabalhar” e
ela fica muito sozinha e acaba fazendo amizade com Alex.
Conversando com Jacques, o homem que cuida da
vinícola da família e melhor amigo de Édouard, acaba por começar a contar a
história do pai dela ao ouvir o nome de Constance, avó de Sebastian.
Então, a autora, retrocede em 1944, na 2ª guerra
mundial, e conta uma MARAVILHOSA história das agentes secretas da Inglaterra –
SOE, que eram enviadas para a França para acabar com o nazismo e descobrir
coisas.
A história tem como personagem principal a avó de
Sebastian, Constance, uma mulher casada, que tem o marido dela na guerra
também, e que acaba, por acidente, parando na casa de Édouard, que tem Sophia,
uma irmã cega, que irá se apaixonar por um “nazista”, Frederik.
“Não Constance! Você sabe que não posso deixá-la fazer isso.
Se você for capturada e presa... nós sabemos quais seriam as conseqüências para
as pessoas que vivem nesta casa.” – p. 305
Falk, irmão gêmeo de Frederik, se encanta por Constance, mas, digamos que os
dois são como a água e o vinho.
Muita coisa vai rolar, e Sophia vai engravidar de
Frederik, a criança será adotada por outra família, o abuso de Falk, o
desespero do de La Martiniéres no momento que os nazistas percebem que a
amizade de Édouard é pra salvar a nação francesa, a luta dos dois países e o
destino das pessoas.
Mas o que achei o ponto principal, foi o livro
História das frutas Francesas, um exemplar raro, e que digamos, ele liga o
passado e o presente.
A história é simplesmente maravilhosa, mas ninguém
imagina realmente o final. Comecei a imaginar o que iria acontecer quando
estava bem perto do fim.
E Sebastian, será que é tão bom assim? Digamos que a
minha intuição estava no caminho certo.
Outra coisa interessante, é que a autora pesquisou
minuciosamente a história dessas agentes secretas, e da guerra nesses países e
ela faz uma descrição bem distinta da Inglaterra e da França.
E o título, você entende ao ler os maravilhosos poemas que Sophia, mesmo cega, escrevia.
Simplesmente maravilhoso. Vou ser sincera, Lucinda
Riley é uma das minhas autoras preferidas. DEMAIS.
Indicadíssimo!
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Cleide.