"São poucas as palavras para alguém falar tudo sobre o amor. Talvez
esta seja a semelhança entre os textos desta antologia.
Quem verdadeiramente viveu um amor, viveu todas as formas de amar?
Acredito que cada um tem um jeito único de sentir e viver o amor. Isso é
possível perceber em cada texto deste livro. Aqui, palavras e sentimentos
combinam-se ao amor para que este continue único, eterno e presente.
Quem leu um texto sobre o amor, leu todos? Mesmo que as palavras se
repitam e o sentimento seja o mesmo, o jeito de dizer sobre o amor será único e
próprio de quem o sente e o diz. Falar de amor será, portanto, algo novo, em
todos os tempos.
O amor é o que une as pessoas apesar dos percalços da vida. Se não fosse
por este sentimento, todos os demais não teriam razão para existir. Por isso,
desejo que encontrem nos textos desta antologia o jeito especial que cada um
tem para falar de amor em qualquer tempo e lugar."
Luciane Mari Deschamps - PRESIDENTE DA AESGF
Luciane Mari Deschamps - PRESIDENTE DA AESGF
RESENHA:
Recentemente, recebi um exemplar de
presente da queridíssima Eliane de Pinho. O livro intitulado “Antologia Falando de Amor –
Volume II” foi escrita por uma associação de escritores da região de
Florianópolis.
A obra traz diversos contos,
poemas... O mais interessante disso tudo é que fala de algo que o ser humano
busca constantemente, o AMOR.
De diversas formas, cada autor
traz um pouquinho desse sentimento que liga-se a outros.
Para resenhar, escolhi a história
que Eliane de Pinho escreveu. Chama-se Trajetórias
do Amor.
“Algumas vezes, o amor nos encontra de frente, impressiona, acalenta,
acolhe, respeita. Geralmente, quando a base do amor-próprio está resguardada,
solidificada, uma forma mais pura de amor bate à nossa porta.” P. 25.
De maneira sutil, a autora traz
um enfoque especial questionando: “Afinal,
o que é o amor?” Esta pergunta pode trazer à tona diversas reflexões. Cada consciência
traz consigo uma descrição do amor, de forma singular.
De maneira simples, leve e de
fácil compreensão, conta-se a história de Marie e François. Uma história em que
a sincronia de almas ultrapassa o tempo.
“Aos dez anos de idade, Marie tinha medo que o mundo fosse acabar. [...]
até que um dia sua avó tranquilizou-a: - Querida o mundo não vai acabar.
Enquanto houver pássaros no céu e árvores na terra, o mundo não irá acabar.
[...]” p. 25
E dito isto, Marie percebeu que
poderia fazer algo pelo mundo. Apaixonada pela natureza, ela resolveu fazer
biologia. E sua carreira começou a ganhar destaque.
Mas, faltava alguma coisa.
Faltava algo que desse aquele brilho no olhar de Marie: um amor.
Mas ela mal sabia que em uma
viagem para um congresso em Blumenau-SC, ela encontraria alguém que ela tivesse
a impressão de conhecer há MUITO tempo. Alguém que ultrapassasse a marca de
várias vidas? Um amor de alma?
“[...] De onde o conhecia? Algo inexplicável, se comparado a tudo o que
conhecia até então. Poderia conhecê-lo de outras épocas? Isto seria possível?”
p. 26
Lá ela conhece François, outro
biólogo que veio do Rio de Janeiro para o congresso.
Com o passar da história, acontecem
desencontros, e uma pequena interferência prolongue a junção dessas duas
pessoas. Mas afinal, o que poderá acontecer?
“Mas, e se estivesse equivocada? Como pôde fazer tantas conjecturas
quanto ao seu futuro com outra pessoa a partir de um olhar? [...]” p. 26
A história tem muita ligação com
a França, dando diversas pistas aos dois personagens que sentem uma forte
ligação com esse lugar. Um lugar mágico que servirá de palco para o desfecho.
Todas as pessoas buscam o amor de
alguma maneira. Mas até que ponto, como a autora questiona, o amor-próprio
atrai ou afasta esse sentimento tão puro? Valorizar-se acima de tudo e perceber
que o sentimento verdadeiro vai além das aparências, vai além do tempo, e é
algo único e Belo!
Este livro é recomendadíssimo! Quero
agradecer a Eliane pelo presente e por permitir esta reflexão.
Espero que gostem.
# Eliane de Pinho é psicóloga,
voluntária e professora do IIPC Florianópolis e apresentadora do programa “Floripa
em Foco”.
Abraços,
Cleide.